Já todos ouvimos dizer que ter um perfil de Linkedin é importante, mas será que todos sabemos por que razão? Que diferença é que faz ter um perfil atualizado e otimizado? Será que teremos mais hipóteses de ser encontrados pelos recrutadores assim? E se sim, como é que podemos melhorar o perfil? É precisamente isso que vamos apresentar neste artigo.
Todos sabemos que estar no Linkedin é importante. Até aí tudo bem, mas porquê? Bom, o teu perfil de Linkedin funciona como uma página profissional de apresentação onde podes gerir a tua marca pessoal. É uma forma de mostrares quem és, o que defendes e quais são os teus interesses. Para isso, é fundamental que o teu perfil esteja completo e atualizado, para que também ele possa refletir fielmente quem és. Deves pensar nele com um cartão de visita profissional onde as pessoas podem encontrar-te e acompanhar a tua evolução profissional.
Construir uma marca pessoal é fundamental para todos aqueles que se querem distinguir profissionalmente. É uma forma de te estabeleceres enquanto especialista em determinada área ou tema e de seres reconhecido pelas tuas capacidades e competências, aumentando a tua visibilidade, crescimento e acesso a novas oportunidades profissionais.
Muitos profissionais não se focam em construir uma marca pessoal pela falta de tempo e é por isso mesmo que apostar em redes sociais como o Linkedin pode ser um “game changer” já que é uma forma rápida e fácil de chegar a um maior número de pessoas. Assim, ter um perfil cuidado e otimizado vai aumentar a probabilidade de seres encontrado pelas pessoas certas no momento certo. E como o podes fazer? Continua a ler.
1. Escolhe uma boa fotografia de perfil
Assim como no CV, a primeira coisa que as pessoas vão ver no teu perfil (ou até fora dele, através da tua atividade na plataforma), é a tua foto, por isso é algo a que deves prestar especial atenção.
Certifica-te de que a foto é recente, que se parece contigo, que o rosto não ocupa menos do que 60% da imagem (não deve ser demasiado aproximada mas também não deve ser afastada ao ponto de não se ver bem o rosto) e que estás a sorrir genuinamente. O objetivo é que mostres o teu aspeto normal de trabalho criando empatia e reconhecimento.
Outro ponto ao qual se presta menos atenção, mas que pode ser diferenciador, é a imagem de fundo do perfil. Personaliza-a de modo a que reflita os teus interesses, valores ou local de trabalho atual (principalmente se for numa empresa de renome). Caso sejas freelancer pode ser uma boa forma de publicitar os teus principais serviços e contactos.
2. O título deve ser bem mais do que um “título”
Todo o espaço que permita dizer mais sobre ti deve ser estrategicamente utilizado. O campo do título muitas vezes apenas contém a informação referente ao cargo atual, mas pode ser bem mais do que isso. Usa este campo para dizer um pouco mais sobre o teu papel, o que te motiva ou o tipo de áreas nas quais estás interessado. Podes ainda criar uma pequena frase que transmita a tua personalidade, objetivos e valores profissionais.
Mais do que isso, deves ainda incluir as palavras chave mais relevantes para os projetos que queres abraçar já que grande parte das pesquisas feitas no Linkedin, recorrem a estas keywords. Se um recrutador procura um programador backend com fortes conhecimentos em .NET, aquilo que irá procurar será precisamente pela palavra chave mais importante: .NET. Por isso, se te enquadrares nesta área, é importante que incluas esta designação no teu título e não apenas “Software Developer” ou “Backend Developer”. Para além disso, pode ainda ser importante colocares tecnologias complementares como “C#”, “Qt” ou “.NET Core”.
3. Não uses buzzwords
Usar estrategicamente as palavras é importante e por isso mesmo saber escolhê-las é fundamental. Incluir certas tecnologias, áreas de negócio e cargos é relevante, mas evita utilizar termos genéricos e vagos que pouco dizem sobre o teu fator diferenciador enquanto profissional (e que toda a gente usa!).
De acordo com o próprio Linkedin, as “buzzwords” mais utilizadas nos CVs e na plataforma são: “estratégico”, “criativo”, “especializado”, “apaixonado”, “especialista”, “liderança”, “focado” e “com experiência em”. Portanto, revê o teu perfil e verifica se estás a ser vago ou conciso na tua apresentação. O teu perfil e experiência devem transmitir estas ideias sem ser necessário dizê-las.
4. Conta a tua história no sumário
Sabes quantas pessoas deixam este campo em branco? Muitas! Por isso não sejas mais uma e aproveita este espaço para contar um pouco sobre a tua própria história, relevando mais sobre a tua personalidade, conquistas, aspirações, motivações e interesses.
Destaca os aspetos mais importantes da tua trajetória e explica o porquê das tuas decisões. Salienta as tuas competências e por que é que elas são importantes para os projetos em que trabalhaste. Se não estiveres confiante no que escreveste pede ajuda a amigos ou colegas. Tens uma história única para contar, não a guardes apenas para o momento da entrevista!
5. Descreve as tuas competências mais relevantes
Para além de ser importante preencher a lista das "Competências" no campo específico para este fim, onde poderão ser recomendadas por colegas de trabalho, é importante que as coloques dentro de cada experiência profissional.
Assim, para cada uma das experiências que listares na área dedicada, escreve um pequeno texto a explicar o setor da empresa, as tuas responsabilidades no cargo e as tecnologias mais relevantes que utilizaste. Desta forma os recrutadores irão ter uma melhor perceção sobre o contacto que tiveste com determinada ferramenta em contexto de trabalho. Podes ainda incluir alguns objetivos que cumpriste e projetos que concluíste com eficácia.
Caso trabalhes em áreas criativas ou tenhas desenvolvido projetos que estejam disponíveis online, podes ainda incluir dentro das respetivas experiências um link para os mesmos dentro da área "Conteúdos de mídia" (cf. imagem acima). Assim é mais uma forma de trabalhares a tua marca pessoal e mostrares concretamente aquilo que sabes fazer.
6. Mantém-te ativo e conectado
Seguiste todas as dicas anteriores e já tens um bom perfil. Boa! Mas e agora? Bom, agora não deves ficar apenas à espera que te encontrem. Dá-te a conhecer a outras pessoas, afinal o Linkedin é uma rede de networking.
Começa por partilhar conteúdo relevante incluindo as tuas próprias opiniões de forma estruturada e bem articulada, seguir pessoas influentes na área para te ires mantendo a par das novidades e vai à plataforma verificar o que perdeste pelo menos uma vez por semana. Deves ainda interagir com outros profissionais e empresas através de comentários, reações e contribuições. Desta forma estás a aumentar as chances de outras pessoas do setor olharem para o teu perfil e acederem ao mesmo.
Depois, deves ainda apostar em criar conteúdo próprio para manteres o interesse daqueles que visitam o teu perfil e acedem à tua atividade. Terminaste uma certificação nova? Partilha esta notícia com a tua rede! Gostas de escrever? Começa um blogue e partilha os teus artigos! Pensa sempre em conteúdo relevante que ajude a aumentar a tua influência e autoridade dentro da tua área. Lembra-te sempre que transmitir aos outros os projetos incríveis em que tens trabalhado e o que tens aprendido com eles pode ser uma forma de te conectares, colaborares e ensinares os outros. Para além disso, mostra que tens respeito pelo teu próprio trabalho, por isso não tenhas receio de partilhar as tuas conquistas e ideias!
Conclusão
Depois de todo este cuidado na criação e manutenção do teu perfil, não te esqueças de estar atento aos teus pedidos de conexão e caixa de mensagens! Responde sempre a todas as mensagens, mesmo se não tiveres interesse nalgumas propostas que recebas. Nunca se sabe o que o futuro reserva e que oportunidades poderão surgir no horizonte.